Os terremotos
Terremoto ou sismo são tremores bruscos e passageiros que acontecem na superfície da Terra, causados por choques subterrâneos de placas rochosas da crosta terrestre a 300m abaixo do solo.
Outros motivos considerados são deslocamentos de gases (principalmente metano) e atividades vulcânicas. Existem dois tipos de sismos: os de origem natural e os induzidos.
As maiorias dos sismos são de origem natural da Terra, chamados de sismos tectônicos. A força das placas tectônicas desliza podendo afastar-se, colidir ou deslizar-se uma pela outra. Com essas forças as rochas vão se alterando até seu ponto de elasticidade, após isso as rochas começam a se romper e libera uma energia acumulada durante o processo de elasticidade. A energia é liberada através de ondas sísmicas pela superfície e interior da Terra.
Na maioria dos casos, as vibrações são muito fracas, sendo percebidas somente com o auxílio de aparelhos especiais. Mas alguns terremotos podem causar efeitos prejudiciais ao homem como ferimentos, morte, prejuízos financeiros e sociais, desabamento de construções etc.
Mas como os terremotos acontecem?
Pense nesta comparação: se você curvar um pouco um a régua de plástico com as mãos, vai sentir uma força (uma tensão) desse objetivo contra suas mãos. Se você soltar uma das pontas, a tensão fará a régua vibrar.
A maioria dos terremotos ocorre quando certa tensão na fronteira entre duas placas tectônicas é liberada. Duas placas em movimento podem se encostar, exercer pressão uma contra a outra e ficar presas entre si. Em determinado momento, a força acumulada entre elas pode vencer o atrito, provocando um deslizamento rápido: uma placa escorrega ao longo da outra, o que libera a energia acumulada. Essa energia desencadeia "ondas de choque", chamadas ondas sísmicas, que se espalham pelas rochas e provocam tremores de terra.
Existem também sismos induzidos, que são compatíveis à ação antrópica (realizados pelo homem). Originam-se de explosões, extração de minérios, de água ou fósseis, ou até mesmo por queda de edifícios; mas apresentam magnitudes bastante inferiores dos terremotos tectônicos.
As consequências de um terremoto são:
- Vibração do solo,
- Abertura de falhas,
- Deslizamento de terra,
- Tsunamis,
- Mudanças na rotação da Terra.
Foi a partir de 1900 que surgiram as principais escalas de medição que conhecemos. A mais conhecida é a escala Richter, desenvolvida pelo americano Charles Richter (1900-1985). A escala Richter varia de 0 a 9,5 ou mais pontos. O último nível pode variar: ele vai depender da força do maior terremoto ocorrido até o momento.
O abalo de maior intensidade já registrado no século XX alcançou 9,5 pontos na escala Richter e ocorreu no Chile, em 1860. O da Turquia, em 1999, atingiu cerca de 7,4 pontos na escala Richter. O terremoto que provocou o maior número de mortes ocorreu na China, em 1556 - 830 mil mortos.
As regiões mais sujeitas a terremotos são regiões próximas às placas tectônicas como o oeste da América do Sul onde está localizada a placa de Nazca e a placa Sul-Americana; e nas regiões em que se forma novas placas como no oceano Pacífico onde se localiza o Cinturão de Fogo. O comprimento de uma falha causada por um terremoto pode variar de centímetros a milhões de quilômetros como, por exemplo, a falha de San Andreas na Califórnia, Estados Unidos.
Só nos Estados Unidos acontecem cerca de 13 mil terremotos por ano que variam de aproximadamente 18 grandes terremotos e um terremoto gigante sendo que os demais são leves ou até mesmo despercebidos.