📄 Geração espontânea, Abiogênese x Biogênese
📄 Os experimentos de Pasteur
📄 Hipótese de Oparin
📄 O experimento de Oparin Miller
📄 Hipótese Heterótrofica
📄 Hipótese Autótrofica
📄 O que é evolução biológica?
📄 Criacionismo e design inteligente
📄 Evidências da evolução
📄 Anatomia comparada
📄 Órgãos vestigiais
📄 Evidências moleculares da evolução
📄 As ideias de Lamarck
📄 A História do Darwinismo
📄 A publicação da teoria de Darwin
📄 Seleção Natural
📄 Exemplos de seleção natural
📄 A teoria sintética da evolução
📄 População mendeliana, Frequências gênicas
📄 O princípio de Hardy-Weinberg
📄 Fatores que alteram o equilíbrio gênico
📄 Princípio do Fundador
Evolução biológica
Entre os seres vivos e o meio em que vivem há um ajuste, uma harmonia fundamental para a sobrevivência.
O flamingo rosa, por exemplo, abaixa a cabeça até o solo alagadiço em que vive para buscar ali seu alimento; os beija-flores, com seus longos bicos, estão adaptados à coleta do néctar contido nas flores tubulosas que visitam.
A adaptação dos seres vivos ao meio é um fato incontestável. A origem da adaptação, porém, sempre foi discutida.
Na Antiguidade, a ideia de que as espécies seriam fixas e imutáveis foi defendida pelos filósofos gregos. Os chamados, fixistas propunham que as espécies vivas já existiam desde a origem do planeta e a extinção de muitas delas deveu-se a eventos especiais como, por exemplo, catástrofes, que teriam exterminado grupos inteiros de seres vivos. O filósofo grego Aristóteles, grande estudioso da natureza, não admitia a ocorrência de transformação das espécies. Acreditava que os organismos eram distribuídos segundo uma escala que ia do mais simples ao mais complexo. Cada ser vivo nesta escala, tinha seu lugar definido. Essa visão aristotélica, que perdurou por cerca de 2.000 anos, admitia que as espécies eram fixas e imutáveis.
Lentamente, a partir do século XIX, uma série de pensadores passou a admitir a ideia da substituição gradual das espécies por outras, por meio de adaptações a ambientes em contínuo processo de mudança. Essa corrente de pensamento, transformista, explicava a adaptação como um processo dinâmico, ao contrário do que propunham os fixistas. Para o transformismo, a adaptação é conseguida por meio de mudanças: à medida que muda o meio, muda a espécie. Os adaptados ao ambiente em mudança sobrevivem. Essa ideia deu origem ao evolucionismo.
Evolução biológica é a adaptação das espécies a meios em contínua mudança. Nem sempre a adaptação implica aperfeiçoamento. Muitas vezes, leva a uma simplificação. É o caso, por exemplo, das tênias, vermes achatados parasitas: não tendo tubo digestório, estão perfeitamente adaptadas ao parasitismo no tubo digestório do homem e de outros vertebrados.